A chegada do porta-aviões estadunidense Dwight D. Eisenhower frente às costas da Síria acentua ainda mais o perigo de uma intervenção militar contra este país. A isso se soma a recente decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de instalar mísseis Patriot na fronteira turco-síria, sob o pretexto de usá-los como elemento de dissuasão diante de um eventual ataque de Damasco a seu vizinho do norte.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
EUA presente perto da Síria
A chegada do porta-aviões estadunidense Dwight D. Eisenhower frente às costas da Síria acentua ainda mais o perigo de uma intervenção militar contra este país. A isso se soma a recente decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de instalar mísseis Patriot na fronteira turco-síria, sob o pretexto de usá-los como elemento de dissuasão diante de um eventual ataque de Damasco a seu vizinho do norte.
Carlos Manescy e Horácio Schneider são reeleitos reitor e vice-reitor da UFPA
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
MUFPA promove a Exposição Traços Locais
terça-feira, 27 de setembro de 2011
A filosofia da práxis segundo Adolfo Sánchez Vázquez
Texto de María Rosa Palazón Mayoral disponível para download: clique aqui.
Sociologia no Ensino Médio: dois pontos de vista
domingo, 25 de setembro de 2011
Marx e Educação
Karl Marx
O pensador alemão, um dos mais influentes de todos os tempos, investigou a mecânica do capitalismo e previu que o sistema seria superado pela emancipação dos trabalhadores
Frase de Karl Marx:
“A união entre trabalho, instrução intelectual, exercício físico e treino politécnico elevará a classe operária”
Karl Marx nasceu em 1818 em Trier, sul da Alemanha (então Prússia). Seu pai, advogado, e sua mãe descendiam de judeus, mas haviam se convertido ao protestantismo. Estudou direito em Bonn e depois em Berlim, mas se interessou mais por filosofia e história. Na universidade, aproximou-se de grupos dedicados à política. Aos 23 anos, quando voltou a Trier, percebeu que não seria bem-vindo nos meios acadêmicos e passou a viver da venda de artigos. Em 1843, casou-se com a namorada de infância, Jenny von Westphalen. O casal se mudou para Paris, onde Marx aderiu à militância comunista, atraindo a atenção de Friedrich Engels, depois amigo e parceiro.
Foi expulso de Paris em 1845, indo morar na Bélgica, de onde também seria deportado. Nos anos seguintes, se engajou cada vez mais na organização da política operária, o que despertou a ira de governos e da imprensa. A Justiça alemã o acusou de delito de imprensa e incitação à rebelião armada, mas ele foi absolvido nos dois casos. Expulso da Prússia e novamente da França, Marx se estabeleceu em Londres em 1849, onde viveu na miséria durante 15 anos, ajudado, quando possível, por Engels. Dois de seus quatro filhos morreram no período. O isolamento político terminou em 1864, com a fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores (depois conhecida como Primeira Internacional Socialista), que o adotou como líder intelectual, após a derrota do anarquista Mikhail Bakunin. Em 1871, a eclosão da Comuna de Paris o tornou conhecido internacionalmente. Na última década de vida, sua militância tornou-se mais crítica e indireta. Marx morreu em 1883, em Londres.
Numa de suas frases mais famosas, escrita em 1845, o pensador alemão Karl Marx (1818-1883) dizia que, até então, os filósofos haviam interpretado o mundo de várias maneiras. “Cabe agora transformá-lo”, concluía. Coerentemente com essa idéia, durante sua vida combinou o estudo das ciências humanas com a militância revolucionária, criando um dos sistemas de idéias mais influentes da história. Direta ou indiretamente, a obra do filósofo alemão originou várias vertentes pedagógicas comprometidas com a mudança da sociedade. “A educação, para Marx, participa do processo de transformação das condições sociais, mas, ao mesmo tempo, é condicionada pelo processo”, diz Leandro Konder, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
No século 20, o pensamento de Marx foi submetido a numerosas interpretações, agrupadas sob a classificação de “marxismo”. Algumas sustentaram regimes políticos duradouros, como o comunismo soviético (1917-1991) e o chinês (em vigor desde 1949). Muitos governos comunistas entraram em colapso, por oposição popular nas décadas de 1980 e 1990. Em recente pesquisa da rádio BBC, que mobilizou grande parte da imprensa inglesa, Marx foi eleito o filósofo mais importante de todos os tempos.
Luta de classes
Na base do pensamento de Marx está a idéia de que tudo se encontra em constante processo de mudança. O motor da mudança são os conflitos resultantes das contradições de uma mesma realidade. Para Marx, o conflito que explica a história é a luta de classes. Segundo o filósofo, as sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor que produz é o proletariado.
O marxismo prevê que o proletariado se libertará dos vínculos com as forças opressoras e, assim, dará origem a uma nova sociedade. Segundo Marx, o conflito de classes já havia sido responsável pelo surgimento do capitalismo, cujas raízes estariam nas contradições internas do feudalismo medieval. Em ambos os regimes (feudalismo e capitalismo), as forças econômicas tiveram papel central. “O moinho de vento nos dá uma sociedade com senhor feudal; o motor a vapor, uma sociedade com o capitalista industrial”, escreveu Marx.
A obra de Marx reúne uma grande variedade de textos: reflexões curtas sobre questões políticas imediatas, estudos históricos, escritos militantes – como O Manifesto Comunista, parceria com Friedrich Engels – e trabalhos de grande fôlego, como sua obra-prima, O Capital, que só teve o primeiro de quatro volumes lançado antes de sua morte. A complexidade da obra de Marx, com suas constantes autocríticas e correções de rota, é responsável, em parte, pela variedade de interpretações feitas por seus seguidores.
Trabalho e alienação
Em O Capital, Marx realiza uma investigação profunda sobre o modo de produção capitalista e as condições de superá-lo, rumo a uma sociedade sem classes e na qual a propriedade privada seja extinta. Para Marx, as estruturas sociais e a própria organização do Estado estão diretamente ligadas ao funcionamento do capitalismo. Por isso, para o pensador, a idéia de revolução deve implicar mudanças radicais e globais, que rompam com todos os instrumentos de dominação da burguesia.
Marx abordou as relações capitalistas como fenômeno histórico, mutável e contraditório, trazendo em si impulsos de ruptura. Um desses impulsos resulta do processo de alienação a que o trabalhador é submetido, segundo o pensador. Por causa da divisão do trabalho – característica do industrialismo, em que cabe a cada um apenas uma pequena etapa da produção –, o empregado se aliena do processo total.
Além disso, o retorno da produção de cada homem é uma quantia de dinheiro, que, por sua vez, será trocada por produtos. O comércio seria uma engrenagem de trocas em que tudo – do trabalho ao dinheiro, das máquinas ao salário – tem valor de mercadoria, multiplicando o aspecto alienante.
Por outro lado, esse processo se dá à custa da concentração da propriedade por aqueles que empregam a mão-de-obra em troca de salário. As necessidades dos trabalhadores os levarão a buscar produtos fora de seu alcance. Isso os pressiona a querer romper com a própria alienação.
Um dos objetivos da revolução prevista por Marx é recuperar em todos os homens o pleno desenvolvimento intelectual, físico e técnico. É nesse sentido que a educação ganha ênfase no pensamento marxista. “A superação da alienação e da expropriação intelectual já está sendo feita, segundo Marx”, diz Leandro Konder. “O processo atual se aceleraria com a revolução proletária para alcançar, afinal, as metas maiores na sociedade comunista.”
Aprendizagem para a mente, o corpo e as mãos
Combater a alienação e a desumanização era, para Marx, a função social da educação. Para isso seria necessário aprender competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social. O filósofo alertava para o risco de a escola ensinar conteúdos sujeitos a interpretações “de partido ou de classe”. Ele valorizava a gratuidade da educação, mas não o atrelamento a políticas de Estado – o que equivaleria a subordinar o ensino à religião. Marx via na instrução das fábricas, criada pelo capitalismo, qualidades a ser aproveitadas para um ensino transformador – principalmente o rigor com que encarava o aprendizado para o trabalho. O mais importante, no entanto, seria ir contra a tendência
“profissionalizante”, que levava as escolas industriais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função. Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Essa concepção, chamada de “onilateral” (múltipla), difere da visão de educação “integral” porque esta tem uma conotação moral e afetiva que, para Marx, não deveria ser trabalhada pela escola, mas por “outros adultos”. O filósofo não chegou a fazer uma análise profunda da educação com base na teoria que ajudou a criar. Isso ficou para seguidores como o italiano Antonio Gramsci (1891-1937), o ucraniano Anton Makarenko (1888-1939) e a russa Nadia Krupskaia (1869-1939).
Para pensar
A alienação de que fala Marx é conseqüência do afastamento entre os interesses do trabalhador e aquilo que ele produz. De modo mais amplo, trata-se também do abismo entre o que se aprende apenas para cumprir uma função no sistema de produção e uma formação que realmente ajude o ser humano a exercer suas potencialidades. Você já pensou se a educação, como é praticada a seu redor, procura dar condições ao aluno para que se desenvolva por inteiro ou se responde apenas a objetivos limitados pelas circunstâncias?
Educação e Capital
(Gaudencio Frigotto)
Prof. Dr. Gaudêncio Frigotto |
Para embasar seus argumentos, Frigotto retoma os princípios básicos da Teoria do Capital Humano que, embora duramente criticada, sempre retorna ao centro das discussões, como justificativa utilizada por aqueles que defendem uma relação direta entre o aumento da qualificação profissional e diminuição da pobreza.
Na obra em análise, entretanto, Gaudêncio Frigotto, defende argumentos que mostram que esta pobreza existente na sociedade não pode ser meramente atribuída à falta do mérito individual de cada cidadão, que não lhe permite evoluir no âmbito escolar, ou até mesmo, a ele ter acesso. Com interessantes reflexões e exemplos, o autor revela que se realmente houvesse por parte da elite, efetivo interesse em modificar o quadro de exclusão social vigente, deveria ela pautar seu discurso pela defesa de reformas sociais que objetivassem garantir aos setores mais pobres da população o acesso aos bens. E não simplesmente creditar tudo isso a ausência da educação.
Para Frigotto, a visão tecnicista da educação responde exatamente à ótica economicista do ensino, veiculada com pompa pela Teoria do Capital Humano, constituindo-se numa das principais e mais ferozes formas de desqualificação do processo educativo escolar.
Isso fica evidente quando analisada a economia global, que exige uma sociedade baseada no mundo das informações, indicando claramente que o principal recurso de crescimento individual e social é o domínio de conhecimentos.
Ora, com este enfoque, o desenvolvimento humano passa então a se tornar um importante diferencial competitivo, que segundo Frigotto, mostra de forma deliberada que a elite intelectual e, sobretudo, a econômica, deseja na verdade um trabalhador com uma nova qualificação e que contribua efetivamente para tornar as estruturas competitivas.
Entretanto, é notório que o modo como o trabalhador se apropria das informações, constrói seus conhecimentos e os aplica em suas atividades, é decorrência direta do nível em que se encontra seu grau de escolaridade. Assim, ao mesmo tempo em que grande parte da sociedade já percebeu a importância deste aspecto e o obstáculo que representa para um desenvolvimento global, outra parte significativa desta mesma sociedade discorda destes argumentos, usando como base as condições econômico-sociais existentes na atualidade.
Convencido de que tal debate é necessário, Frigotto, a seu tempo, procura superar essa discussão, construindo uma relação acerca do tema ? que embora se mostre, às vezes, contraditória, é outra tantas, convergente ? mostrando que é possível, sim, reunir educação e processo produtivo, vinculando-os de forma a valorizar o papel da escola.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Livro "Educação e Sociologia" - Durkheim
«A educação, bem longe de ter o indivíduo e os seus interesses como único e principal objectivo, é, antes de mais, o meio pelo qual a sociedade renova continuamente as condições da sua própria existência. A sociedade só pode viver se entre os seus membros existir suficiente homogeneidade. A educação perpetua e reforça tal homogeneidade, começando por fixar no espírito da criança as semelhanças essenciais que a vida colectiva requer.» Fonte: "http://www.almedina.com.br/catalog/product_info.php?products_id=3750"